Uma descoberta fascinante de 2001 continua envolta em mistério: estruturas subaquáticas ao largo da península de Guanahacabibes, em Cuba, que lembram uma cidade antiga. Apesar de todo o interesse inicial, nenhuma investigação aprofundada foi realizada até hoje.
O que foi encontrado?
Usando sonar de varredura lateral, os engenheiros marinhos Pauline Zalitzki e Paul Weinzweig identificaram estructuras geométricas simétricas, como blocos piramidais e circulares, cobrindo mais de 2 km² a profundidades entre 600 e 750 metros.
Um veículo submarino confirmou a presença de blocos de granito talhado, alguns com 2 a 5 m, empilhados, criando padrões que lembram ruas, edifícios ou templos.
Estimativas sugerem que as estruturas têm mais de 6 000 anos, sendo anteriores às pirâmides egípcias.
Hipóteses em disputa
1. Civilização perdida ou avançada? Algumas teorias ligam a estrutura à Atlântida ou a culturas mais antigas do que as civilizações conhecidas nas Américas.
2. Formação geológica natural: o geólogo cubano Manuel Iturralde-Vinent argumenta que podem ser processos naturais moldados pela erosão, e que levaram cerca de 50 000 anos para afundar à profundidade atual, período em que nenhuma cultura humana teria construído essas formas sofisticadas.
3. Local negligenciado: após promessas de expedições detalhadas pela National Geographic e entidades cubanas, nenhuma investigação aprofundada foi realizada, e o tema caiu em silêncio nos últimos 25 anos.
E por que continua ignorado?
Os desafios logísticos são significativos: operar a 700 m de profundidade exige robôs ROVs avançados, caros e complexos.
O interesse acadêmico esfriou sem novas evidências concretas, e os riscos geopolíticos e burocráticos em Cuba limitaram o avanço.
A cidade subaquática de Cuba continua sendo um dos maiores enigmas arqueológicos modernos. Mistério, ciência e mitologia convergem em estruturas que desafiam a história… e permanecem à espera de respostas.
Fonte: The Sun