A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) lançou um concurso público internacional para o aluguer de até cinco aviões modelo Boeing 737‑700, operando em regime de wet lease (avião, tripulação, manutenção e seguro incluídos), com prazo aberto até 22 de agosto de 2025.
Motivações por trás da decisão
- Garantir a continuidade dos voos enquanto decorre o processo de aquisição de aeronaves próprias, previsto para substituir equipamentos obsoletos e reduzir dívida acumulada.
- Atender à crescente demanda em rotas nacionais e regionais, especialmente ligadas a megaprojetos nos setores de energia, petróleo, gás e turismo.
Reestruturação em curso
O processo está a ser coordenado pela consultoria Knighthood Global, que assumiu em maio de 2025 e tem como meta estabilizar a LAM em três meses, com suporte de acionistas estratégicos como HCB, CFM e EMOSE.
A crise interna, marcada por conflitos de interesse e falhas na gestão anterior, resultou na suspensão de tentativas de aquisição e na nomeação de uma nova comissão de gestão liderada por Dane Kondić.
Contexto da frota da LAM
A nova frota previa-se com compra de oito aviões até 2025, mas submetida à atrasos e suspeitas de sabotagem interna.
Actualmente, a LAM opera com apenas 4 aeronaves (B737‑500, CRJ‑900 e dois Embraer 145), e já havia alugado temporariamente um B737‑500 em maio de 2025 para aliviar a pressão operacional.
Por que esta medida é relevante?
1. Evitar interrupções operacionais enquanto os novos aviões ainda estão por chegar.
2. Atender à procura crescente, fruto da reactivação do turismo e projetos de energia internos.
3. Plano híbrido de curto e longo prazo: aluguer imediato enquanto se finaliza compra e expansão futura da frota.
Fonte: Integrity Magazine